Grupos Escoteiros festejam a história do Barão do Serro Azul, primeiro herói do Paraná

9 setembro 2024

Os grupos escoteiros, GEQJ e GECSC participaram da atividade do GEArA, conhecendo o valor e o exemplo deste grande paranaense: o Barão do Serro Azul.

A convite do o Grupo Escoteiro do Ar América (GEArA – 58/PR), a Tropa Senior Monte Sinai, do Grupo Escoteiro Quadrangular Josué (GEQJ – 221/PR), sob comando da Chefe Anete Maia, participou de uma atividade integrada que também contou com a participação do Grupo Escoteiro Católico Sagrado Coração de Jesus (Gec. Sagrado Coração – 283/PR), levando os jovens a conhecerem a história de vida do Barão do Serro Azul.
A atividade do GEArA, veio de encontro com o que é proposto pela Chefe Anete: envolver os jovens em atividades que tragam conhecimento, desenvolva novos interesses e oportunize integração com áreas distintas. “Para nossos jovens do GEQJ 221/PR, foi uma experiência enriquecedora tanto de integração quanto de conhecimento. Fomos muito bem acolhidos e acredito que é esse tipo de parceria com os irmãos de lenço que fortalece o movimento escoteiro”, reforça a chefe senior.
Todo planejamento da atividade, desde a escolha do roteiro, organização e dados foram de responsabilidade de Gehad Ismail Hajar, historiador e diretor-presidente do GEArA. Ele guiou o circuito com os escoteiros e sêniores, apresentando a história do Barão do Serro Azul e o marco de 130 anos de seu falecimento.
“Tenho certeza que se o Barão do Serro Azul tivesse nascido 60 anos depois, teria sido escoteiro, pois sua destreza em negociar, empreender, valorar a palavra empenhada e contribuir para seu meio, mesmo em tempos tão hostis como a Revolução Federalista, coaduna com nossos princípios do movimento escoteiro” diz Gehad Hajar, que também pesquisa o tema e tem uma obra sobre o Barão.

Aula prática
A atividade foi dividida em várias etapas, configurando um roteiro cultural e cívico por pontos importantes do centro histórico da capital. No primeiro momento, os escoteiros assistiram ao filme “O Preço da Paz” na Cinemateca de Curitiba, sobre a história do Barão e após isso, fizeram visita à sua residência, o Solar do Barão, onde puderam apreciar as exposições do Museu da Fotografia Cidade de Curitiba e do Museu da Gravura Cidade de Curitiba, que ficam todos no mesmo local.
Dali, as tropas seguiram para a Catedral Basílica Menor de Nossa Srª da Luz dos Pinhais, onde visualizaram a placa inaugural de mármore (quebrada na inauguração) que traz o nome do Barão, financista e administrador das obras do templo, marco da pujança capitalista da cidade no final do século XIX.
Ainda nesse roteiro, foram guiados até o Largo da Ordem, ao Palacete Wolf, que foi construído pela família austríaca em 1875 e entre 1889 e 1895 e serviu de quartel-general do 5º Distrito do Exército Brasileiro.
Enquanto caminhavam pelo local, o Chefe Gehad Hajar, explicou que o Barão esteve preso até a decisão de ser enviado ao Rio de Janeiro para julgamento de suposto envolvimento com os Maragatos, mas que na verdade ele havia salvado Curitiba de ser saqueada.
Porém seu destino foi ser morto na estrada de ferro Curitiba-Paranaguá e por dado a vida e fortuna para salvar o Paraná, é o primeiro paranaense a figurar como Herói Nacional no Panteão da Pátria, em Brasília. “Foi como vivenciar de forma prática de uma aula de história, aprendi e gostei muito”, elogiou João Pedro Becker, Sênior do GEQJ – 221/PR.
Outro local visitado foi o Cine Passeio, que está localizado no terreno abrigou a antiga Impressora Paranaense, quando esta era propriedade do Barão do Serro Azul, desde 1889. Dali, eles se encaminharam ao Passeio Público que é o marco da riqueza e urbanismo do ciclo ervateiro.
A atividade oportunizou momentos incríveis à todos os envolvidos, que certamente permearão a vida e a história escoteira de cada um deles.

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